Tu partiste e eu fiquei.
Porque nos deixaste?
(13 de Junho de 2006)
(13 de Agosto de 2006)
(18 de Agosto de 2006)
FADO
FOI DEUS
Não sei, não sabe ninguém
Por que canto o Fado
Neste tom magoado
De dor e de pranto
E neste tormento
Todo o sofrimento
Eu sinto que a alma
Cá dentro se acalma
Nos versos que canto
Foi Deus
Que deu luz aos olhos
Perfumou as rosas
Deu oiro ao sol
E prata ao luar
Foi Deus que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar
E pôs as estrelas no céu
E fez o espaço sem fim
Deu o luto às andorinhas
Ai, e deu-me esta voz a mim
Se canto
Não sei o que canto
Misto de ventura
Saudade ternura
E talvez amor
Mas sei que cantando
Sinto o mesmo quando
Se tem um desgosto
E o pranto no rosto
Nos deixa melhor
Foi Deus
Que deu voz ao vento
Luz ao firmamento
E deu o azul às ondas do mar
Foi Deus
Que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar
Fez poeta o rouxinol
Pôs no campo o alecrim
Deu as flores à Primavera
Ai, e deu-me esta voz a mim.
Alberto Janes
Alegrete- A terra que adoravas
http://letras.terra.com.br/dulce-pontes/65280/
AM. Ouça também "Canção do Mar" de Dulce Pontes e Andrea Bocelli (com muito significado para nós)
Data provável: 1967 Circulado
Editor: Manuel dos Santos Costa & Filhos, LDA
Técnica: Ocogravura
Propriet�rio � Dr. Carlos Trinc�o Marques
Dep�sito � Museu Agr�cola de Riachos � Laborat�rio de Fotografia
¿Qué cantan los poetas andaluces de ahora?
¿Qué miran los poetas andaluces de ahora?
¿Qué sienten los poetas andaluces de ahora?
Cantan con voz de hombre, ¿pero donde están los hombres?
con ojos de hombre miran, ¿pero donde los hombres?
con pecho de hombre sienten, ¿pero donde los hombres?
Cantan, y cuando cantan parece que están solos.
Miran, y cuando miran parece que están solos.
Sienten, y cuando sienten parecen que están solos.
¿Es que ya Andalucia se ha quedado sin nadie?
¿Es que acaso en los montes andaluces no hay nadie?
¿Qué en los mares y campos andaluces no hay nadie?
¿No habrá ya quien responda a la voz del poeta?
¿Quién mire al corazón sin muros del poeta?
¿Tantas cosas han muerto que no hay más que el poeta?
Cantad alto. Oireis que oyen otros oidos.
Mirad alto. Veréis que miran otros ojos.
Latid alto. Sabreis que palpita otra sangre.
No es más hondo el poeta en su oscuro subsuelo.
encerrado. su canto asciende a más profundo
cuando, abierto en el aire, ya es de todos los hombres.
Autor: Rafael Alberti
In Memoriam
Que tem a ver esta belíssima balada com Constância? E com o "Calafate"? Talvez nada...Talvez muito... A balada é uma das minhas preferidas (quem nunca sentiu a pele arrepiar-se ao som dos acordes da guitarra e do timbre lacinante, da angústia contida, da voz vibrante....? quem nunca se emocinou com ela? quem nunca sentiu a diferença no canto, do canto e brado dos verdadeiros poetas?)
Constância, terra de poetas...terra de artistas...terra dos últimos poetas e dos ´ltimos artistas...
Calafate...ah! Calafate...
Sabem o que é um calafate? Ofício antigo "das gentes marítimas" - assim chamadas as gentes das zonas ribeirinhas que arrancavam ao rio (Tejo) o seu sustento e, outras vezes, era o mesmo rio a reclamar as suas vidas...Lembram-se de "Os Esteiros?" de Soeiro Pereira Gomes? Não que tenha a ver com Constância...mas ainda assim, há muitos anos atrás, Constância poderia ter sido o seu o cenário (real)...como outras vilas nascidas do leito do rio...
Num painel de azulejos (um pequeno painel, como pequeno é o espaço) no interior de "O Calafate" pode ler-se a quadra:
"Calafate e tanoeiro
(duas artes de tapar)
um tapa pra não sair
o outro pra não entrar"
Outro dia, "Calafate" ...
Hoje, quis colocar uma foto do "manucho", no dia em que fez 18 anos, vinte dias após nos teres deixado.
Tinha-te prometido deixar de fumar. Ainda não consegui cumprir a promessa, mas graças ao Miguelucho, já não fumo há mais de 24 horas.
Sentimos a tua falta.
Reflectir um pouco nas "assimetrias" (acho que assimetrias já é um termo demasiado suave) deste nosso mundo...Naquelas onde podemos e demos ser agentes de mudança porque, também, delas somos responsáevis....
http://cidadaodomundo.no.sapo.pt/images/Fome1.gif
proavirtualg55.pbwiki.com/
(Na Praça da Republica, frente quela que seria a sua faculdade)
Portalegre está triste porque perdeu o brilho do seu sorriso.
Portalegre foi feliz e exultou de alegria porque a conheceu.
Hoje, é o dia 3 de Outubro, um dia de um mês que já não viste, a juntar a outros que já passaram desde o entardecer de 31 de Agosto e a muitos outros que virão.
A tua avó, velhinha como está, afoga-se nas lágrimas e nas saudades. Lê e relê as ternas cartas que lhe mandaste, sentada sozinha, naquela casa que se tornou grande demais para ela. A sua vida já escura, perdeu todo e qualquer brilho, pois foi-lhe subtarída a "luz do seus olhos": tu.
A tua tia não aguentou a agitação do trabalho e está em casa. Sai para ir ao cemitério, muitas vezes, ao longo do dia...e canta para ti, como se te embalasse...e acaricia a areia que cobre a zona onde, muito abaixo, repousa o teu rosto lindo.
O teu irmão, semblante sempre triste e fechado, vagueia pela casa sem rumo nem ocupação.
O teu pai, cercado pelas águas salgadas do oceano onde navega, conta-me chorando que sonhou contigo...sonhou que dançavam os dois...
O teu marido vive das recordações que lhe deixaste. Breve vida em comum, passada entre dores e sofrimento. Em camas de hospitais em vez de cama de núpcias.
E eu, eu estou aqui, contando os minutos, como se estivesses para chegar a qualquer momento. Espero o teu sorriso e o brilho dos teus olhos. Para mim, não morreste. Vivo no "faz de conta" que partiste numa viagem e, em breve, regressarás.
A mãe espera por ti, filhota.
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